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Pensar sobre a Morte é a chave para uma Vida plena?

  • rafhapsicologo
  • 11 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

A Finitude do Ser Humano: Uma Reflexão Baseada em "Ser e Tempo" de Martin Heidegger



A ideia de que nossa vida tem um fim é algo que todos nós conhecemos, mas poucos realmente param para pensar no que isso significa. Martin Heidegger, um dos maiores filósofos do século XX, explorou esse tema em seu livro "Ser e Tempo", oferecendo uma perspectiva que pode mudar a maneira como vivemos.



Enfrentando a Realidade da Morte


Heidegger introduz o conceito de "Ser-para-a-morte" para descrever como a consciência da nossa mortalidade é uma parte fundamental da nossa existência. Diferente de outros seres vivos, nós, humanos, sabemos que um dia nossa vida chegará ao fim. E essa consciência vai muito além de apenas saber que vamos morrer. Ela influencia cada decisão que tomamos, cada escolha que fazemos.


Pensar na morte pode ser assustador, mas Heidegger nos mostra que isso não precisa ser visto como algo negativo. Pelo contrário, aceitar que somos finitos nos ajuda a viver de forma mais autêntica, ou seja, de um jeito que realmente reflete quem somos e o que valorizamos.


Quando reconhecemos a morte como uma parte inevitável da vida, cada momento se torna mais valioso, e nossas ações ganham um sentido maior.



Vivendo com Autenticidade


Para Heidegger, viver de forma autêntica significa encarar a realidade da nossa finitude e deixar que isso guie nossas escolhas. Quando fazemos isso, deixamos de lado as distrações e nos concentramos no que realmente importa. Isso nos permite viver com mais intensidade, sabendo que cada dia é uma oportunidade única que não voltará.


Por outro lado, ignorar a nossa mortalidade pode nos levar a viver de forma superficial, sempre ocupados com coisas que, no fundo, não são tão importantes. Heidegger nos convida a olhar para a morte não como o fim, mas como um lembrete constante de que a vida é preciosa e que devemos vivê-la com propósito.



O Papel da Neurociência


Mas o que a ciência tem a dizer sobre tudo isso? Estudos em neurociência mostram que a consciência da nossa finitude pode influenciar nosso cérebro de maneiras profundas. Áreas como o córtex pré-frontal, que está ligado à nossa percepção do tempo e à nossa autoconsciência, podem ser ativadas quando pensamos na morte. Isso pode afetar nossas decisões, nosso nível de estresse e até mesmo nossa saúde mental.



Além disso, práticas como a meditação têm mostrado ser eficazes para ajudar as pessoas a lidar com a ansiedade que pode surgir ao pensar na morte. Através dessas práticas, podemos aprender a aceitar a nossa finitude de forma mais tranquila, o que, segundo a neurociência, pode nos ajudar a viver de maneira mais equilibrada e saudável.



Conclusão


Refletir sobre a finitude, como propõe Heidegger em "Ser e Tempo", pode nos ajudar a viver uma vida mais rica e significativa.


Quando aceitamos que a morte faz parte da nossa existência, podemos encontrar um novo sentido em cada ação e em cada escolha que fazemos. E ao combinar essas ideias filosóficas com o que a ciência nos mostra, temos a oportunidade de viver de forma mais consciente e plena.



Referências


  1. Heidegger, M. (1927). Ser e Tempo. Tübingen: Max Niemeyer Verlag.

  2. Gündoğdu, D. (2019). The Neurophenomenology of Being-towards-death in Heidegger's Being and Time. Frontiers in Psychology, 10, 563.

  3. LeDoux, J. (2002). Synaptic Self: How Our Brains Become Who We Are. New York: Viking Penguin.

  4. Varela, F. J., Thompson, E., & Rosch, E. (1991). The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience. Cambridge, MA: MIT Press.

 
 
 

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