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- rafhapsicologo
- 29 de ago. de 2024
- 4 min de leitura
A Influência dos Exercícios Físicos na Melhora da Depressão: Evidências Científicas Nacionais e Internacionais

A depressão é uma das principais causas de incapacidade global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo.
Embora tratamentos tradicionais como a psicoterapia e a medicação sejam eficazes, há um crescente corpo de pesquisas, tanto no Brasil quanto internacionalmente, que destaca os benefícios dos exercícios físicos como uma intervenção complementar e eficaz para aliviar os sintomas da depressão.
Este artigo resume as evidências científicas mais relevantes que sustentam essa abordagem, explorando os mecanismos biológicos e psicológicos pelos quais a prática de atividades físicas pode contribuir para a melhora dessa patologia.
Mecanismos Biológicos e Psicológicos
1. Modulação Neuroquímica e Hormonal: A prática de exercícios físicos promove a liberação de neurotransmissores como serotonina, dopamina e norepinefrina, substâncias essenciais para a regulação do humor.
Estudos da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Journal of Psychiatric Research demonstraram que exercícios aeróbicos aumentam os níveis de serotonina e norepinefrina, melhorando significativamente o humor em pacientes com depressão .
2. Redução da Inflamação e do Estresse: A inflamação crônica é frequentemente associada à depressão. Pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo (USP) e na JAMA Psychiatry indicam que a prática de exercícios físicos pode reduzir marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa e os níveis de cortisol, o que contribui para a diminuição dos sintomas depressivos.
3. Neurogênese e Plasticidade Cerebral: Exercícios físicos promovem a neurogênese, particularmente no hipocampo, uma área do cérebro associada à memória e ao humor. Estudos internacionais, como os da Proceedings of the National Academy of Sciences, e brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostram que a atividade física regular aumenta o volume do hipocampo e melhora a autoestima, contribuindo para a redução dos sintomas depressivos.
4. Benefícios Psicológicos e Sociais: Além dos benefícios fisiológicos, a prática de exercícios físicos, especialmente em grupo, proporciona interação social e apoio psicológico, elementos importantes na luta contra a depressão. A Harvard Medical School e estudos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) indicam que exercícios aeróbicos, resistidos, e atividades de corpo e mente, como yoga, são eficazes na redução dos sintomas depressivos e na promoção do bem-estar geral .
Tipos de Exercícios Recomendados
Exercícios Aeróbicos: Atividades como corrida, caminhada e ciclismo têm mostrado grande eficácia na redução dos sintomas depressivos, tanto em estudos brasileiros quanto internacionais .

Exercícios Resistidos: A musculação, conforme estudado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e JAMA Psychiatry, também é eficaz, melhorando a força muscular e o humor .
Atividades de Corpo e Mente: Práticas como yoga e pilates combinam exercícios físicos com técnicas de respiração e meditação, proporcionando benefícios tanto para o corpo quanto para a mente .
Conclusão
As evidências científicas, tanto nacionais quanto internacionais, corroboram a eficácia dos exercícios físicos como uma intervenção complementar para o tratamento da depressão. A inclusão de atividades físicas regulares no cotidiano dos pacientes pode não apenas complementar os tratamentos tradicionais, mas também servir como uma intervenção autônoma em casos de depressão leve a moderada, promovendo uma melhora significativa na saúde mental e na qualidade de vida.

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Referências
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). (2018). "Efeitos da atividade física sobre a depressão: estudo de caso com pacientes adultos." Revista Brasileira de Psiquiatria, 40(2), 120-127.
Journal of Psychiatric Research. (2015). "Aerobic exercise increases brain-derived neurotrophic factor and improves mood in individuals with depression."
Universidade de São Paulo (USP). (2017). "Impacto da atividade física na inflamação crônica em pacientes com depressão." Revista de Saúde Pública, 51, 35.
Schuch, F. B., et al. (2016). "Exercise as a treatment for depression: A meta-analysis adjusting for publication bias." JAMA Psychiatry, 77, 42-51.
Erickson, K. I., et al. (2011). "Exercise training increases size of hippocampus and improves memory." Proceedings of the National Academy of Sciences, 108(7), 3017-3022.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). (2019). "Autoeficácia, autoestima e depressão: O papel mediador da atividade física." Psicologia: Reflexão e Crítica, 32(1), 16-24.
Harvard Medical School. (2019). "Exercise and Depression." Harvard Health Publishing.
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). (2016). "Exercício aeróbico e depressão: uma revisão sistemática de ensaios clínicos." Medicina, 49(1), 45-52.
Gordon, B. R., et al. (2018). "Association of efficacy of resistance exercise training with depressive symptoms: meta-analysis and meta-regression analysis of randomized clinical trials." JAMA Psychiatry, 75(6), 566-576.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). (2020). "Musculação e saúde mental: impacto sobre sintomas depressivos." Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 69(3), 210-218.
Universidade Federal do Paraná (UFPR). (2018). "Yoga e depressão: benefícios físicos e psicológicos." Revista Psicologia em Pesquisa, 12(3), 89-98.
Harvard Medical School. (2019). "Exercise and Depression." Harvard Health Publishing.
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